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Cinema

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Cinética Filmes - Local: São Paulo

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A intenção primordial deste documentário é conhecer e demonstrar, com detalhes, grandes reportagens investigativas, com impactos sociais, mostrando a coragem de profissionais que arriscam suas vidas, para levar ao público a realidade. É notável a relevância da investigação para matérias jornalísticas. Porém, reportagens com conteúdo aprofundado são cada vez mais raras nos veículos de comunicação convencionais. Uma alternativa à superficialidade e ao estilo de escrita da pirâmide investida é o desenvolvimento da reportagem em situações de perigo.

Com um enfoque diversificado, estrutura literária e investigação profunda, acontecimentos ganham caráter humano e criativo, tornando-se além de um documento jornalístico, uma obra audiovisual. Por meio de imagens de arquivo e depoimentos de jornalistas, repórteres cinematográficos, busca-se identificar o método utilizado pelo jornalista na investigação e os elementos empregados na narrativa da denúncia social. Com este viés investigativo e de bastidores, vamos trazer a história da invasão do morro do alemão.

A operação policial no Complexo do Alemão aconteceu em 27 de junho de 2007, no Rio de Janeiro, e reuniu Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal, além de homens do Exército, Marinha, Aeronáutica e Força Nacional de Segurança Pública. Cerca de 2 600 agentes participaram da invasão à comunidade, que começou às 8h. Foi a maior operação realizada no complexo desde que a polícia ocupou as favelas, no dia 2 de maio de 2007, após criminosos que seriam do Alemão terem assassinado dois policiais, em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Dezenove pessoas foram mortas e várias outras feridas. Treze dos corpos foram recolhidos pela própria polícia, e outros seis foram deixados à noite numa van em frente à delegacia local, na Penha. Entre os feridos, sete pessoas foram vítimas de balas perdidas, além de um policial e cinco traficantes atingidos.

Cerca de 160 mil pessoas vivem nas favelas que compõem o Complexo do Alemão, bairro com o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano da cidade do Rio. A região concentrava 40% dos crimes da cidade e boa parte do tráfico. Traficantes afugentaram dali quase toda a atividade produtiva – no passado, a região era o maior polo industrial do Rio. O “alemão” que dá nome ao morro era polonês: Leonard Kaczmarkiewicz, que imigrou para o Rio depois da Primeira Guerra e implantou na região uma zona industrial. Desde que a cocaína se tornou o melhor negócio dos morros, na década de 1990, 30 mil pessoas já morreram nos bairros que integram o Alemão.

Desde o inicio da operação, as histórias da população, a transformação e o que de fato mudou nos mais de 10 anos desta famosa e violenta ocupação pelo Estado.

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